sexta-feira, 12 de abril de 2013

Fucking love. Capitulo 1

A chuva caia fortemente, o vento era forte e estava ficando frio a cada minuto que passava, me abracei em forma de segurança tentando fazer com que meus braços me esquentassem, uma tentativa sem sucesso, respirei fundo e percebi que as luzes da rua agora estavam piscando. Ótimo, no meio de um temporal acabar no meio da rua e sem luz, sem saber pra onde ir, respirei fundo e sentir um arrepio percorrer meu corpo, devia ser o frio, continuei caminhando em direção à minha casa, muitas pessoas não gostavam dali, apesar das grandes casas, diziam que havia alguém que não era uma pessoa muito boa, respirei fundo mordendo o lábio, precisava parar de pensar nisso, estava ficando com mais medo, tudo ficou escuro do nada, percebi que não havia mais luz, parei e olhei pros lados como se aquilo fosse me ajudar em algo, percebi uma luz em uma casa, talvez eu fosse até lá.... ficasse lá na frente e esperasse a luz voltar, conhecia muitas pessoas dali, talvez a sorte me ajudasse e eu encontrasse uma de minhas conhecidas naquela casa, mas sabia que não poderia ficar ali na rua, parada, esperando que esse temporal passasse, passei a mão por meus cabelos que estavam completamente molhados, eu estava com frio, não pensei mais e fui em direção à casa, esperava que fosse uma boa escolha, suspirei e cheguei na casa, bati na porta e esperei enquanto tentava me aquecer com os meus próprios braços, querendo ou não era minha única escolha. Senti uma luz forte bater em meus olhos e percebi que agora a porta estava aberta, continuava com meu olhar pra baixo, tudo que eu percebi é que era um garoto, levantei meu olhar e mil coisas vieram a minha mente, fiquei parada enquanto ele me olhava com a cara de tédio, talvez esperando que eu falasse algo.
Desculpe incomodar. - Falei quase como murmurando, as palavras não queriam sair da minha boca, escutei ele resmungar e continuar com o mesmo rosto de antes. 
Tá. - Ele disse ainda com a mesma expressão no rosto.
Posso entrar? - Respirei fundo, era uma escolha péssima  mas era a única, eu não poderia sair correndo dali e fingir que isso nunca tinha acontecido. Podia? Ele era mal, era o pior de todos os garotos, eu precisava admitir que ele me dava medo.  Engoli seco enquanto observava cada movimento que ele fazia, percebi que sua expressão de tédio sumia e agora dava lugar a um sorriso malicioso, o arrepio percorreu meu corpo e pra mim aquilo parecia que durava horas. 
Claro. - Ele disse como em um sussurro e percebi o quanto aquele sussurro tinha um ar malicioso. Com dificuldade acabei entrando na casa, olhei pros lados e percebi que o temporal lá fora estava ficando cada vez mais forte, fechei os olhos, será que aquilo era um pesadelo? Eu estava de costas pra ele, eu não conseguia ficar o olhando. Jason McCann estava atrás de mim e eu mal conseguia respirar, eu estava com medo, eu precisava sair dali, senti alguém deslizar os dedos por minha cintura, eu sabia que era os dele, me afastei um pouco ficando cara a cara com ele, era melhor assim, notei ele balançar a cabeça negativamente. 
Eu te faço um favor, e você faz um pra mim. - Ele se aproximou mais de mim e a minha respiração estava ofegante, segurei minha blusa que estava colada em meu corpo, eu estava toda molhada e não sei o que era pior, estar tendo essa conversa, estar molhada, ou estar cara a cara com ele. Senti novamente os dedos dele percorrem minhas costas me puxando pra mais perto. - Assim todos sairão felizes. - Ele sussurrou. 
 Não. - Eu precisava fazer isso, não iria deixar ele fazer tudo o que quisesse comigo, se precisasse eu iria sair agora mesmo dali. Me afastei fazendo com que os olhos dele expressassem raiva. Engoli seco. Eu não devia ter feito isso. 
Senti ele pegar meu braço, ele tinha uma força incrível  somente com um braço ele poderia me jogar em qualquer lugar, eu sabia que ele poderia me machucar se eu não fizesse o que ele esperava de mim, ele apertou meu braço fazendo com que eu resmungasse de dor. Eu sabia que qualquer coisa que eu falasse poderia deixa-lo com mais raiva do que ele estava. Senti ele me jogar contra a parede e se aproximar, fazendo com que o corpo dele se chocasse contra o meu, os dedos dele deslizaram por meu braço chegando até meu queixo, ele agora segurava meu queixo e falava tão próximo do meu rosto que eu mal conseguia respirar.
Faça oque eu quero, é o melhor pra você. - Ele deu um sorriso malicioso. - É melhor ter medo, eu posso fazer oque eu quiser com você. 

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